Serdia maxima, Fortes & Grazia, 2005
publication ID |
https://doi.org/ 10.1590/s0085-56262005000300002 |
publication LSID |
lsid:zoobank.org:pub:8C5329B1-0191-48E9-A298-1622F95087EB |
DOI |
https://doi.org/10.5281/zenodo.5677197 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/060F8787-7801-1561-2A34-F99C84E69D55 |
treatment provided by |
Carolina |
scientific name |
Serdia maxima |
status |
sp. nov. |
Serdia maxima , sp. nov.
( Figs. 13 View Figs , 30 View Figs , 46 View Figs , 61 View Figs , 77 View Figs , 91 View Figs , 101 View Figs )
Serdia (Serdia) apicicornis ; Becker, 1967: 93, fig. 9.
Etimologia. Nome alusivo ao tamanho dos ângulos umerais.
Macho. Medidas (n=5). Comprimentototal 14,0 (14,8-13,3) 0,6; larguraabdominal 6,8 (6,9-6,7) 0,1; comprimentodacabeça 2,2 (2,4-2,0) 0,1; larguradacabeça 2,7 (2,9-2,5) 0,1; comprimento dos artículos antenais I 0,7 (0,7-0,6) 0,04; II 0,5 (0,5-0,4) 0,04; III 1,8 (1,9-1,7) 0,1; IV 1,6 (1,7-1,5) 0,1; V 1,7 (2,0-1,5) 0,4; comprimentodopronoto 2,9 (3,0-2,9) 0,1; largura anteriordo pronoto 2,7 (2,9-2,5) 0,1; largura posterior do pronoto 7,5 (7,6- 7,4) 0,1; comprimento doescutelo 5,2 (5,4-5,0) 0,1; largura do escutelo 4,1 (4,5-3,9) 0,2.
Descrição. Forma ovalada, ângulosumerais amplamente desenvolvidos, obliquamente dirigidos para frente, conexivo largamente exposto e com manchas negras nas suturas dos segmentos. Coloração castanho-clara a castanho-escura com pontuações castanho-escuras, moderadamente densas, podendo ser mais densas ventralmente. Cabeça com margem anteocular sinuosa, ápice estreito, jugas justapostas apicalmente, terço apical das jugas e clípeo sutilmente deprimidos dorso-ventralmente e num plano levemente mais baixo que o restante. Superfície com pontuações castanhas, mais densas e uniformes sobre as jugas e mais esparsas sobre o clípeo; base da cabeça e a superfície ao redor dos olhos destituídas de pontuação. Ocelos circundados na margem interna por uma pequena mancha castanho-escura. Primeiro artículo antenal com pontuações negras irregulares, não ultrapassando o ápice da cabeça, 2 o artículo decoloração negra assimcomoo 3 o, 4 o eabasedo 5 o, restantedeste amarelado. Rostro ultrapassando o ápice da carena metasternal (fig 101). Pronoto quase três vezes a largura ao nível dos úmeros que longo medianamente, ângulos umerais fortemente desenvolvidos em projeçõesdirigidas ântero-lateralmente, com ápice arredondado, decomprimento maiorque adistância entre os olhos. Margens ântero-laterais fortemente côncavas e crenuladas. Superfície com uma faixa negrano terço mediano dos ângulos umeraisque se prolonga longitudinalmente sobre o terço basal do pronoto ou restrita ao ápice dos ângulos sob formade umapequena mancha; pontuações castanho-escuras, menores ao longo das margens laterais e posterior e ao redor das cicatrizes, maiores no restante e mais concentradas na metade basal. Cabeça emetade anterior do pronotofortemente decliventes em relação ao restante do corpo. Cicatrizes concolores. Escutelocom margem apical emarginada, recurva e com 1+1 pequenas manchas negras nos bordos laterais. Pontuações castanho-claras, maiores e mais densas no terço mediano e nas laterais do terço basal mediano, terço apical e disco do terço mediano menores e mais esparsas. Hemiélitro com pontuações em série formando duas linhas externas à veia radial intercaladas por uma linha subcalosa destituída de pontuação, todas quase atingindo a sutura da membrana. Pontuações moderadamente densas, menores no exocório e maiores no restante do cório. Célula discal ausente. Superfície torácica ventral de coloração castanho-clara a amarelada, pontuações castanho-claras a castanho-escuras, moderadamente densas, de tamanho variável e irregularmente distribuídas, sendo que alguns exemplares apresentam uma estreita banda de pontuações mais escuras extendendo-se longitudinalmente de cada lado e contíguas com o abdome. Propleura com uma pequena mancha no ápice dos ângulos umerais contígua com o lado dorsal. Segmentos do conexivo expostos, com superfície moderadamente pontuada, pontuações castanho-claras uniformemente distribuídas, ângulos póstero-laterais, com manchas escuras nos ângulos laterais internos e externos, no 7 o segmento as manchas localizam-se no ângulo anterior externo e em toda a margem posterior do segmento. Superfície ventral do abdome de coloração castanho-escura a amarelada, moderadamente pontuada, pontuações castanho-escuras. Machos com 1+1 manchas negras medianas de formato subquadrangular no 7 o segmento. Espinho do 3 o segmento abdominal extendido anteriormente, obtuso. Pernas de coloração castanhoamareladas, pontuações castanho-escuras, moderadamente densase grosseiras nos fêmures e tíbias, tarsosavermelhados.
sc
Genitália. Pigóforo de contorno globóide, ventralmente com pontuações castanho-escuras de tamanho e distribuição variáveis. Ângulospóstero-lateraisem “U” aberto, enegrecidos apicalmente. Parede da taça genital com 1+1 abas negras internas dispostas lateralmente ao 10 o segmento. Bordodorsal subquadrangular ( Fig. 13 View Figs ). Bordo ventral em forma de “V” aberto, medianamente o folheto inferior apresenta estrias negras ventralmente maiores que em S.apicicornis ( Fig. 30 View Figs ). Décimo segmento quadrangular situado perpendicularmente ao plano sagital, marginado por uma faixa larga negra exceto na base ( Fig. 13 View Figs ). Parâmeros pequenos situados perpendicularmente ao plano sagital, de formato subquadrangular, com uma projeção basal em ângulo reto e um pequeno tufo de pêlos na margem externa, ápice com projeção digitiforme e voltada posteriormente ( Fig. 46 View Figs ). Phallus . Vésica em tubo cilíndrico curto, cerca de 1/3 do comprimento da phallotheca. Processo da vésica lembrando um chapéu bávaro com um par de expansões laminares posteriores menos volumosas, deprimidos lateralmente, e um par de expansões laminares anteriores mais volumosas, também deprimidas lateralmente e envolvendo os 2/3 basais do ductus seminis distalis. Gonoporo secundário em calha ( Fig. 61 View Figs ).
Fêmea semelhante ao macho exceto nas manchas negras ventrais medianas do 7 o segmento abdominal que estão ausentes. Medidas (n=13). Comprimentototal 15,1 (15,6-14,7) 0,2; larguraabdominal 7,8 (8,0-7,3) 0,1; comprimentodacabeça 2,2 (2,3-2,1) 0,05; larguradacabeça 2,7 (2,8-2,6) 0,05; comprimento dos artículos antenais I 0,7 (0,8-0,6) 0,06; II 0,5 (0,6-0,4) 0,07; III 1,7 (1,9-1,4) 0,2; IV 1,6 (1,7-1,4) 0,1; V 1,7 (1,8- 1,5) 0,1; comprimentodopronoto 3,3 (3,3-3,1) 0,06; largura anterior do pronoto 3,1 (3,1-3,0) 0,04; larguraposterior do pronoto 8,1 (8,5-7,9) 0,1; comprimento do escutelo 5,5 (5,7-5,3) 0,09; largura do escutelo 4,3 (4,7-4,2) 0,09.
Genitália. Superfície das placas genitais moderadamente pontuada. Sétimo segmento com margem posterior côncava sobre os gonocoxitos 8. Laterotergitos 8 triangulares, quase o dobro docomprimento dos laterotergitos 9, bordos posteriores ponteagudos. Laterotergitos 9 subtriangulares, ápice arredondado e ultrapassando nitidamente a banda que une dorsalmente os laterotergitos 8. Gonocoxitos 8 subtriangulares de comprimento longitudinal subigual aos laterotergitos 9, entumescidos com margem posterior arredondada e com uma estreita faixa negra que secontinua nos bordos suturais; estes paralelosem todaa sua extensão ( Fig. 77 View Figs ). Gonocoxitos 9 com margem anterior pouco nítida, margem posterior convexa. Décimo segmento quadrangular. Gonapófise 9 com espessamento da íntima vaginal parcialmente esclerotizado em anel incompleto. Chitinellipsen situadas lateralmente ao espessamento da íntima vaginal. Comprimento do ductus receptaculi na região anterior a área vesicular com cerca da metade do comprimento do ductus receptaculi na região posterior. Cristas anulares anterior e posterior convergentes, pars intermedialis ovalada. Capsula seminalis globóide, com três dentes recurvos surgindo da porção médio-basal e ultrapassando a crista anular anterior em 1/3 do seu comprimento ( Fig. 91 View Figs ).
Distribuição. Brasil: Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; Paraguai: Ciudad de Leste; Argentina: Misiones.
Holótipo macho. BRASIL. Santa Catarina: Imbituba, II-1994, L.A. Campos ( UFRG) . Parátipos. BRASIL. Espirito Santo: Santa Teresa, fêmea, 13-I-1970, C.T. & C. Elias leg. ( DZUP) ; São Paulo: Piracicaba , macho, 13-X-1965 ; São Paulo, fêmea, 27-XII-1916, Leg. Costa Lima ( MNRJ) ; Paraná: Rolândia , macho, s/ data, coll. MRCN no 3555 ( MCNZ) ; Guaíra, fêmea, 14-XII-1965, V. Grat.-L. Azevedo ( DZUP) ; Jaguariaiva, macho, 24-29-XII-1970, F. Giacomel leg., ( DZUP) ; Foz do Iguaçu , noite-lamp. merc., 5 fêmeas, 17-XII-1966, D. Zoo. U.F.P. leg, ( DZUP) ; Salto Osório, fêmea, 23-I-1974, J.Gr.-Vieira leg. ( MCNZ) ; Santa Catarina: Imbituba, fêmea, II-1994, L.A. Campos ( UFRG) Nova Teutônia, 27 o 11’B 52 o 23’L, 300-500m, fêmea, XII-1970, Fritz Plaumann ( DARC) ; Rio Grandedo Sul: Torres, macho, 15-XI-1974, coll. MRCN no 8716, A. Lise leg. ( MCNZ) ; Torres, fêmea, coll. MRCN no 8717, A. Lise leg. ( MCNZ) ; Osório, Capão Alto , fêmea, 13-II-1965, L. Buckup leg., ( MCNZ) ; macho, s/ dados, no 507 ( ZMHB) ; São Martinho , fêmea, 14-II-1979, Ferreira-M. ( UFRG) ; PARAGUAI: Ciudad de Leste: macho, 19-XII-1971, Thomas F. Halsted coll. ( DARC) ; ARGENTINA: Misiones: Puerto Iguazu, macho, 30-XII-1991, s/col., Thomas F. Halsted coll. ( DARC) .
Comentários. S. maxima sp. nov. é ogrupo-irmão de S. apicicornis (ver comentários da espécie anterior). Porém separa-se desta, morfologicamente, nos machos, pela presença de processos medianos do bordo dorsal do pigóforo e parâmeros subcilíndricos; nas fêmeas, pelos gonocoxitos 8 com os bordos suturais tocando-se em apenas 2/3 de sua extensão, terço apical suavemente digitiforme. Asérie examinada por Becker (1967) como S. apicicornis continha representantes das duas espécies. Ailustração da genitália masculina fornecida por Becker (1967: 93, Fig.9 View Figs ) trata-se, efetivamente, da de S. maxima sp. nov.
UFRG |
Brazil, Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Biologia |
DZUP |
Brazil, Parana, Curitiba, Universidade Federal do Parana, Museu de Entomologia Pe. Jesus Santiago Moure |
MNRJ |
Brazil, Rio de Janeiro, Sao Cristovao, Universidade do Rio Janeiro, Museu Nacional |
MCNZ |
Brazil, Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Museu de Ciencias Naturais da Fundacao Zoo-Botanica do Rio Grande do Sul |
ZMHB |
Germany, Berlin, Museum fuer Naturkunde der Humboldt-Universitaet |
UFRG |
Instituto de Biologia |
DZUP |
Universidade Federal do Parana, Colecao de Entomologia Pe. Jesus Santiago Moure |
MNRJ |
Museu Nacional/Universidade Federal de Rio de Janeiro |
MCNZ |
Porto Alegre, Museu de Ciencias Naturais da Fundacao Zoo-Botanica do Rio Grande do Sul |
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.
Kingdom |
|
Phylum |
|
Class |
|
Order |
|
Family |
|
Genus |
Serdia maxima
Fortes, Nora Denise Fortes de & Grazia, Jocélia 2005 |
Serdia (Serdia) apicicornis
Becker, M. 1967: 93 |