Polyrhaphis confusa Lane, 1978
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publication ID |
https://doi.org/10.1590/S0031-10492010003000001 |
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persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/03F1B867-FFE2-FFB5-3600-FDC56551FD33 |
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treatment provided by |
Felipe |
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scientific name |
Polyrhaphis confusa Lane, 1978 |
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Polyrhaphis confusa Lane, 1978 View in CoL
( Figs. 56-58 View FIGURAS 51‑60 , 70 View FIGURAS 61‑71 , 77 View FIGURAS 72‑77 )
Polyrhaphis confusa Lane, 1978: 63 View in CoL ; Monné & Giesbert, 1994: 228 (checklist); Monné, 1994: 17 (cat.); 2005: 628 (cat.); Monné & Hovore, 2005: 292 (checklist); 2006: 293 (checklist).
Redescrição: Macho ( Fig. 56 View FIGURAS 51‑60 ): Corpo não deprimido ( Fig. 57 View FIGURAS 51‑60 ). Cabeça, em vista dorsal, quase tão longa quanto o protórax; alongada atrás dos olhos. Fronte fracamente convexa; pontuação grossa, rasa e dispersa (às vezes, profunda); pubescência castanho-avermelhada presente em toda extensão, não raro, com áreas glabras, grandes ou pequenas. Vértice com pubescência castanho-avermelhada ou amarelada na área central (às vezes, com área glabra, alongada, junto da margem anterior do pronoto), castanha nas laterais, exceto na área próxima ao occipício; pontuação grossa, muito rasa, pouco perceptível e dispersa. Clípeo largamente côncavo na margem anterior. Anteclípeo moderadamente curto. Labro convexo nos dois terços basais; terço apical nitidamente inclinado; pilosida- de dos dois terços basais abundante; parte inclinada subglabra na região central. Distância entre os lobos oculares superiores igual ao dobro da largura do antenômero III; distância entre os lobos oculares inferiores igual a 1,3 vezes a largura de um lobo. Mandíbulas apenas mais longas do que a distância entre a borda anterior do clípeo e a base dos tubérculos anteníferos. Comprimento da parte frontal das genas com 0,6 vezes a largura do lobo ocular inferior. Segmento II dos palpos maxilares mais curto do que o IV e mais longo do que o III. Distância entre as bases dos tubérculos anteníferos apenas menor do que a largura do escapo na base. Antenas de 2,1 a 2,4 vezes o comprimento elitral.
Saliências cônicas do pronoto não notavelmente elevadas (às vezes, moderadamente baixas); calosidades da metade apical do disco pouco marcadas, das quais, em geral, a central é mais nítida; espinhos laterais grandes, tão longos quanto à metade do comprimento do protórax; pontuação do disco grossa e abundante, restrita quase exclusivamente às bordas anterior e posterior; pubescência castanho-avermelhada ou amarelada recobre toda a superfície, exceto o ápice das protuberâncias dorsais, dos espinhos laterais que são glabros e, em geral, há também uma área glabra, alongada, na área centro-anterior e na centroposterior (às vezes, há também uma área glabra que inicia na base e segue em direção às protuberâncias); presença de alguns pelos longos e escuros, no disco e base dos tubérculos laterais. Escutelo com pubescência amarelada.
Élitros subparalelos nos dois terços basais; carena longitudinal dos élitros, sobre a giba, baixa ou moderadamente elevada, notavelmente larga e com série variável de tubérculos alongados, brilhantes, não ordenados em fileira; área que margeia a metade basal da sutura, com tubérculos brilhantes, variáveis na forma (rombos ou aguçados; pequenos ou grandes), concentração (próximos ou mais ou menos afastados entre si) e extensão ao longo da sutura (de presentes apenas na metade basal até quase o quarto apical); área sobre a giba e entre as carenas elitrais laterais, com pontos muito grossos e profundos, em geral, mais abundantes na área contígua ao ápice da giba e ausentes em direção ao ápice elitral, e tubérculos pequenos, brilhantes e dispersos (não raro, ausentes); carena lateral sinuosa, baixa, da base até o terço apical, munida de tubérculos pequenos e brilhantes na área ao lado das gibas, nitidamente maiores e mais aguçados na área central e, quando presentes, menores próximo ao quarto apical; terço apical com duas calosidades grandes, subfundidas; úmeros apenas salientes; ângulo apical externo com espinho moderadamente longo e ângulo sutural com espinho curto (às vezes, longo como o externo). Pubescência elitral castanho-avermelhada, com pequenas áreas amarelo-acinzentadas no terço basal, larga faixa transversal dessa última cor logo após o meio e no quarto apical, faixa transversal sinuosa, castanho-escura, que atinge ou não a sutura e a epipleura; extremo apical com área subglabra; às vezes, a área junto às gibas é glabra ou subglabra. Fêmures com pubescência amarelada ou castanho-avermelhada e com faixa de pubescência esbranquiçada no terço apical. Tíbias com pubescência da mesma cor daquela dos fêmures e com a faixa de pubescência esbranquiçada localizada próximo ao meio.
Fêmea ( Fig. 58 View FIGURAS 51‑60 ): Clípeo suavemente côncavo na borda anterior. Distância entre os lobos oculares superiores igual ao dobro da largura do antenômero III na base ou apenas maior; distância entre os lobos oculares inferiores de 1,2 a 1,8 vezes a largura de um lobo. Mandíbulas aproximadamente tão longas quanto à distância entre a borda anterior do clípeo e a base dos tubérculos anteníferos. Distância entre as bases dos tubérculos anteníferos maior do que a largura do escapo na base. Antenas de 1,6 a 1,7 vezes mais longas que os élitros.
Dimensões em mm ( ♂ / ♀): Comprimento total, 18,8-28,8/19,2-27,5; comprimento do protórax, 3,0-4,5/3,0-4,2; largura do protórax, entre os ápices dos espinhos, 7,4-10,2/6,6-9,6; largura umeral, 6,8-11,0/6,7-10,5; comprimento elitral, 12,9-21,4/14,4-20,5.
Tipos, localidade-tipo: Holótipo ♂, coletado no Brasil ( São Paulo, São Paulo), depositado no MZUSP . Parátipos (de acordo com Lane 1978) – MZUSP (incluindo ex-Coleção Ricardo von Diringshofen): 3 ♂♂ e 5 ♀♀ ( São Paulo) ; ♂ e ♀ ( Paraná) ; 8 ♂♂ e 5 ♀♀ ( Santa Catarina) . MNRJ (ex-Coleção C.A. Campos Seabra e ex-Coleção Sérgio Fragoso): 7 ♂♂ e 4 ♀♀ ( Rio de Janeiro) ; ♂ e ♀ ( São Paulo) ; 5 ♂♂ ( Paraná) ; 13 ♂♂ e 5 ♀♀ ( Santa Catarina) . USNM: 8 ♂♂ e 4 ♀♀ ( Santa Catarina; material duplicado na lista original de parátipos) . CMNH: ♂ e ♀ ( Rio de Janeiro) . BMNH: ♂ ( Rio de Janeiro) ; ♀ ( Rio Grande do Sul) . Ex-Coleção Alberto F. Prosen: ♂ ( São Paulo) . O Dr. Miguel A. Monné ( MNRJ) (comunicação pessoal), disse que, alguns anos atrás, consultou pesquisadores do Museu de La Plata sobre o destino da coleção Prosen. Informalmente, soube que essa coleção havia ficado em Resistencia ( Argentina, Chaco) e que foi utilizada para aulas. No entanto, essa informação nunca foi confirmada.
Não encontramos os dois parátipos machos, provenientes de Santa Catarina, Corupá, relacionados por Lane ( op. cit.) como depositados no MZUSP. Lane ( op. cit.) registrou sobre os tipos depositados na ex-Coleção Ricardo von Diringshofen: “ 3 ♂♂ e 2 ♀♀, de Santa Catarina, Joinville, Rio Bracinho, III.1954, I-IV.1956”. Na verdade, são: ♂, I.1956; 2 ♂♂, III.1956; ♂, IV.1956; ♀, III.1954 (sem indicação de “Rio Bracinho”).
Lane ( op. cit.) não registrou nenhum parátipo proveniente do Rio de Janeiro, depositado no MZUSP. No entanto, encontramos um parátipo ♂ e um ♀, coletados no Corcovado .
É provável que ♂ da ex-Coleção Sérgio Fragoso , registrado como procedente do Rio de Janeiro, seja na verdade, proveniente de São Paulo. O registro original é confuso e não aponta a quantidade e o sexo do(s) espécime(s) procedente(s) de São Paulo, originalmente depositados na “Coleção Sérgio Fragoso, ♂, Rio de Janeiro – São Paulo, Salesópolis, Boracéia, II.1959, Travassos, Kloss & Pearson col.” .
Distribuição ( Fig. 77 View FIGURAS 72‑77 ): Brasil [Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro ( Monné & Giesbert, 1994), São Paulo ( Lane, 1978), Paraná (Lane, op. cit.), Santa Catarina (Lane, op. cit.), Rio Grande do Sul (Lane, op. cit.)]. Embora tenha designado parátipos procedentes do Rio de Janeiro, Lane (1978) não registrou esse estado na “Distribuição Geográfica”.
Discussão: Lane (1978) comparou P. confusa com P. grandini : “… da qual diverge principalmente pela ausência ou escassez de revestimento cretáceo no vértice da cabeça, protórax, escutelo, faixa pós-mediana e apical dos élitros, substituída por pilosidade amarelada. O revestimento dos tarsos é também amarelado e não cinza como em grandini . A região basal dos élitros apresenta pontuação e tubérculos também mais escassos”. Embora essas diferenças realmente existam, a principal diferença entre P. confusa e P. grandini está nas gibas. Na primeira, as gibas são relativamente baixas ( Fig. 70 View FIGURAS 61‑71 ) e a depressão formada entre as duas é larga e rasa. Ao contrário, em P. grandini , as gibas ( Fig. 71 View FIGURAS 61‑71 ) são notavelmente elevadas e a depressão formada por elas é estreita e profunda.
Material examinado (todos exemplares do MZUSP): BRASIL, Distrito Federal: Brasília , ♂, X.1961, R.L. Araújo col. Minas Gerais: Lavras , ♂, II.1937, R.J. Ribeiro col. Rio de Janeiro: Angra dos Reis ( Estação Ferroviária do Jussaral ), ♀, [sem data de coleta], Travassos col. ; Deodoro , ♀, 10.XII.1939, W. Zikán col. ; Rio de Janeiro ( Corcovado ), parátipo ♀, XII.1961, Alvarenga e Seabra col. ; parátipo ♂, 10.XII.1971, Alvarenga & Seabra col. São Paulo: Amparo , parátipo ♀, [sem data de coleta e nome do coletor] ; Barueri , ♂, 04.II.1961, K. Lenko col. ; Botucatu , ♀, 10.I.1972, O. Chamma col. ; Campinas , ♂, I.1947, [sem nome do coletor] ; Itu ( Fazenda Pau d’Alho ), parátipo ♂, XII.1960, U.R. Martins col. ; Paranapiacaba , parátipo ♂, I.1907, E. Garbe col. ; Salesópolis ( Estação Biológica de Boracéia , 850 m), ♂, 2 ♀♀, 25.II.1963, F. Werner & H. Reichardt col. ; parátipo ♀, 10.III.1968, J. Oliveira Santos col.; São Bernardo do Campo , parátipo ♀, 03.I.1926, R. Spitz col. ; São Paulo, holótipo ♂, [sem data de coleta e nome do coletor]; ( Ipiranga) , parátipo ♀, 09.I.1939, F. Lane col.; (Santo Amaro), parátipo ♀, [sem data de coleta], J. Lane col.; São Roque , parátipo ♀, 07.XII.1975, F. Lane col. Paraná: Cachoeira , parátipo ♀, XII.1934, Morretes col. ; Cachoeirinha , ♂, [sem data de coleta], ex-Coleção Tippmann ; Curitiba , parátipo ♂, II.1938, C. Westerman col. Santa Catarina: Blumenau , parátipo ♀, III.1956, Dirings ; parátipo ♂, XII.1956, Dirings; Corupá (antiga Hansa Humboldt ), ♂, XII.1931, Tippmann col. : 2 ♂♂, II.1935, Tippmann col. ; ♂, III.1935, Tippmann col.; ♂, IV.1935, Tippmann col.; parátipo ♂, III.1941, [sem nome do coletor]; parátipo ♂, XI.1942, [sem nome do coletor]; Joinville , ♂, 1919, Schmith col. ; parátipo ♀, III.1954, Dirings; parátipo ♂, III.1954, [sem nome do coletor]; ( Rio Bracinho ) , parátipo ♂, I.1956, Dirings; 2 parátipos ♂, III.1956, Dirings; parátipo ♂, IV.1956, Dirings; Rio Vermelho , parátipo ♂, III.1962, Dirings ; Timbó , parátipo ♂, I.1950, Dirings ; ♂, XII.1951, Dirings; parátipo ♀, III.1953, Dirings. Rio Grande do Sul: São Francisco de Paula , ♂, 19.XII.1959, Olga Pereira col.
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.
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Genus |
Polyrhaphis confusa Lane, 1978
| Santos-Silva, Antonio, Martins, Ubirajara R. & Tavakilian, Gérard L. 2010 |
Polyrhaphis confusa
| MONNE, M. A. & HOVORE, F. T. 2005: 292 |
| MONNE, M. A. & GIESBERT, E. F. 1994: 228 |
| LANE, F. 1978: 63 |
