Chamaecrista ramosa (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem.

Silva, Lucas, Thomaz, Luciana Dias & Dutra, Valquíria Ferreira, 2018, Leguminosae no Parque Natural Municipal de Jacarenema, Vila Velha, Espírito Santo, Brasil, Iheringia, Série Botânica 73 (3), pp. 261-289 : 269

1.5 Chamaecrista ramosa (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 884. 1982.

( Figs. 4 D-F)

Ervas, ca. 50 alt., ramos pubescentes, inermes. Estípulas 3 × 2 mm, cordadas, livres, persistentes. Folhas paripinadas, 4-folioladas; pecíolos 1,5 mm compr., glabros; raque foliar ca. 0,1 mm compr., glabra; folíolos 8-10 × 4-5 mm, obovados, base cuneada, ápice arredondado, margem inteira, faces adaxial e abaxial glabras a pubescentes; nectários foliares ausentes. Flores solitárias, axilares, zigomorfas, pentâmeras, não ressupinadas, não papilionadas; cálice dialissépalo, pentâmero, 8-10 × 2,2-2,7 mm, sépalas verdes, glabras; corola dialipétala, pentâmera, 4 pétalas externas 12 × 5 mm, vexilar interna 8,6 × 4 mm, elípticas, amarelas; estames 10, livres, 6-7 mm compr., heterodínamos; anteras uniformes, 5,5-6,5 mm compr., poricidas; estaminódios ausentes; ovário 2,2 mm compr., séssil, tomentoso; estilete ca. 0,6 mm compr., glabro. Legumes 3,5-4,0 × 0,5-0,6 cm, pubescentes, elasticamente deiscentes. Sementes 6-14, obovadas, 3,3 × 1,5 mm, castanhas.

Chamaecrista ramosa ocorre na Bolívia, Venezuela, Guiana e Brasil ( Irwin & Barneby 1982), onde pode ser encontrada nas regiões Norte ( AM, PA, RR, TO), Nordeste ( AL, BA, CE, MA, PB, PE, PI, RN, SE), Centro-Oeste ( DF, GO, MS, MT), Sudeste ( ES, MG, RJ, SP) e Sul (PR). Habita os Domínios Fitogeográficos da Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal ( BFG 2015, material suplementar). No PNMJ ocorre em vegetação Arbustiva Aberta Não Inundável. Coletada com flores em fevereiro, abril, junho e frutos em abril e junho.

Junto com C. ensiformis , são as únicas espécies de Chamaecrista do PNMJ a apresentarem folhas 4–folioladas. No entanto, diferem no hábito (herbáceo vs. arbustivo em C. ensiformis ), nos pecíolos (1,5 mm compr. vs. 52-79 mm compr.), raque foliar (ca. 0,1 mm compr. vs. 28-65 mm compr.) e por C. ramosa apresentar flores solitárias enquanto C. ensiformis apresenta flores em inflorescências. Material examinado: BRASIL, ESPÍRITO SANTO, Vila Velha, Parque Natural Municipal de Jacarenema, 7.II.2012, L. A. Silva 114 ( VIES); 28. VI.2012, L. A. Silva 60 ( VIES); 1.IV.2012, L. A. Silva 208 ( VIES); 1.IV.2012, L. A. Silva 215 ( VIES); 1.IV.2012, L. A. Silva 207 ( VIES); 28. VI.2012, L. A. Silva 165 ( VIES); 1.IV.2012, L. A. Silva 210 ( VIES).

Figures

Figs. 4A-Q. A. Canavalia parviflora - Fruto. B, C. Aeschynomene brasiliana. B. Estípula; C. Fruto. D-F. Chamaecrista ramosa. D. Estípula; E. Flor; F. Fruto. G. Chamaecrista nictitans subsp. patellaria - Nectário foliar. H. Chamaecrista nictitans subsp. disadena - Nectário foliar. I. Senna appendiculata - Nectário foliar. J. Chamaecrista ensiformis - Nectário foliar. K. Inga edulis - Nectário foliar. L. Chamaecrista ensiformis - Flor. M. Inga edulis - Flor. N. Zygia latifolia var. glabrata - Fruto. O. Inga edulis - Fruto. P. Inga laurina- Inflorescência. Q. Inga subnuda - Inflorescência.