Mauritia flexuosa
publication ID |
https://doi.org/ 10.21826/2446-8231201772303 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/0935BA0C-C000-5357-FF3E-8523EBA4F9D7 |
treatment provided by |
Felipe |
scientific name |
Mauritia flexuosa |
status |
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Mauritia flexuosa View in CoL L. f., Suppl. Pl. 454. 1781.
Nome popular: Buriti
( Figs. 3 C, D View Figs )
Estipe, 10-25 × 0,3-0,5 m, solitário, reto, liso e cilíndrico, inerme. Folha, 2,5- 3 m. compr., 10-20 por estipe, espiraladas, agrupadas, costa palmadas, verde; bainha aberta 1,3-1,8 m compr.; pecíolo 1,5- 3 m. compr., verde-claro. Inflorescência, dioica, interfoliar, pendente, com ramificações simples de até 1ª ordem; raque 2-3 m compr.; 45-50 ráquilas, pêndulas, 0,80-1,15 m. compr., inermes; desprovida de bráctea peduncular; pedúnculo 1-1,5m. compr., verde. Flores, em díades, unissexuadas estaminadas, sésseis, cíclicas, 3-4 × 1-1,3 cm, diclamídeas, amarela, inseridas nas ráquilas por intermédio de numerosos eixos, 1,5-1,9 cm compr., bractéola envolvendo-as; cálice e corola trímeros, sépalas conatas e curtas 0,7-0,9 cm compr., pétalas de prefloração valvar, 1-1,2 cm compr.; ovário súpero, tricarpelar e trilocular, 2 verticilos trímeros de estames, 3,5-4 mm compr, alternos e opostos; filete e antera longa, deiscência longitudinal. Fruto drupa, simples, monocárpicos, elipsoide-oblongos, indeiscentes, 5,3 × 4,5 cm; disposto por pêndulas em numerosas ráquilas, formando cachos, 4-6 cachos de frutos por planta; epicarpo coberto por escamas córneas 5-6 mm compr., mesocarpo carnoso 1-1,4 cm compr.; endocarpo endurecido 2,7-3 × 2,5 cm, endosperma homogêneo e córneo, coloração marrom e na maturidade de cor marrom-avermelhada. Semente, albume marrom-claro, oleoso.
Material examinado: BRASIL, PIAUÍ, Parnaíba (Floriópolis), 19. VI. 2015, fl. fr., R. S. Nascimento 44 (HDelta); Ilha Grande (Porto dos Tatus), 08. II. 2012, fl. fr., R. S. Nascimento 27 (HDelta) .
Observações: Mauritia flexuosa tem ampla distribuição, ocorrendo na Colômbia, Venezuela, Trinidade, Guianas, Equador, Peru, Brasil e Bolívia (Miranda, et al. 2001). No Brasil, essa espécie está registrada para os estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Piauí, Roraima, São Paulo e Tocantins ( Leitman et al. 2015). No litoral Piauiense esta espécie é encontrada na cidade de Parnaíba e em maior número em Ilha Grande, desenvolvendo-se bem em locais de solos encharcados e inundados, na beira de rio e igarapés. A espécie é facilmente identificada por apresentar folhas costa palmadas e frutos com epicarpo coberto por escamas córneas ( Miranda et al. 2001).
O buriti possui uma importância estratégica na preservação da fauna de várias espécies de invertebrados e vertebrados que se alimentam ou se reproduzem em suas folhas, estipe, raízes, flores e frutos ( Ribeiro 2014). Muitas dessas espécies não se alimentam de outras plantas, dependendo dessa espécie para sobreviver ( Valente & Almeida 2001, Neiss 2007). Além disso, o buriti tem grande importância econômica, sendo utilizado na construção, artesanato e alimentação. Essa palmeira tem grande potencial industrial para as comunidades que estão em áreas onde a espécie é abundante, pois os frutos podem ser utilizados no preparo de doces, geleias e sorvetes e na extração do óleo, rico em vitamina A ( Almeida & Silva 1994, Miranda et al. 2001, Albuquerque et al. 2003, Coomes et al. 2004, Neiss 2007).
R |
Departamento de Geologia, Universidad de Chile |
S |
Department of Botany, Swedish Museum of Natural History |
A |
Harvard University - Arnold Arboretum |
O |
Botanical Museum - University of Oslo |
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.