Bignonia ramentacea (Mart. ex DC.) L.G. Lohmann, Ann.

Costa, Swami Leitão, Johanes, Isabella, Lohmann, Lúcia Garcez & Melo, José Iranildo Miranda de, 2022, Flora da Paraíba (Brasil): Bignonieae (Bignoniaceae), Iheringia, Série Botânica (e 2022019) 77, pp. 1-25 : 11-12

4.2. Bignonia ramentacea (Mart. ex DC.) L.G. Lohmann, Ann. Missouri Bot. Gard. 99(3): 422, 2014.

( Figs. 3 E ; 6 G-H)

Liana, 2,0−3,0 m compr.; ramos cilíndricos a tetragonais, estriados, lenticelas presentes, pubescentes, tricomas simples; profilos das gemas axilares subulados, foliáceos ou em rosetas. Folhas 2-folioladas, com folíolo terminal geralmente modificado em gavinha simples, discos adesivos ausentes; pecíolo 1,6−2,5 cm compr.; peciólulos 0,4−0,9 cm compr.; folíolos concolores, cartáceos, elípticos a oblongos, base arredondada a cuneada, ápice acuminado a arredondado, 5,5−12,3 × 3,2−6,5 cm, margem inteira, pubescentes em ambas faces, tricomas simples. Inflorescência em racemo, terminal, pubescente, com tricomas simples. Cálice verde intenso, campanulado, 5-apiculado, 0,2−0,8 × 0,2−0,4 cm, verde, pubescente, tricomas simples; corola lilás a magenta com fauce branca, membranácea, infundibuliforme, 4,2 × 0,9 cm, pubescente externamente, tricomas glandulares; androceu com estames insertos, anteras ca. 0,3 cm compr., glabras, filetes maiores, 1,9−2,2 cm compr., filetes menores 1,5−1,6 cm compr., estaminódio ca. 0,3 cm compr.; gineceu com ovário ca. 0,4 cm compr., verrucoso, glabro, estilete ca. 2,5 cm compr.; disco nectarífero reduzido. Fruto e sementes não vistos.

Distribuição: Bignonia ramentacea é endêmica do Brasil, onde ocorre nos domínios de Caatinga e Cerrado. No Brasil ocorre nos estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais e Pernambuco ( Lohmann et al. 2020). Na Paraíba foi encontrada em área serrana, na Caatinga ( Costa et al. 2019a).

Fenologia: Foi coletada com flores em agosto e entre novembro e janeiro.

Comentários taxonômicos: Bignonia ramentacea pode ser reconhecida pelos ramos, folíolos, cálices e corolas pubescentes, cálices 5-apiculados e corolas lilás a magenta, com fauce branca.

Material examinado: BRASIL. PARAÍBA: Lagoa Seca, Cachoeira do Pinga, 14.VIII.2015, fl., T.S. Silva, H.C.S. Araújo, S.L. Costa 80 ( HACAM);); Bom Jesus, Sítio São Félix , 23.I..2013, fl., F.F.S. Silva 693 ( HVASF); São José de Piranhas, Sítio Serrinha , 08.I.2013, fl., A.C.P Oliveira et al. 2130 ( HVASF); São João do Rio do Peixe , 21.XI.2014, fl., A.P. Fontana 8765 ( RB) .

Figures

Figura 3. Aspectos da morfologia de Amphilophium, Anemopaegma, Bignonia e Cuspidaria.A. flor de Amphilophium crucigerum. B. inflorescência de Anemopaegma laeve. Anemopaegma gracile: C. flor, D. detalhe do cálice. E. inflorescência de Bignonia ramentacea. F. fruto de Bignonia sciuripabulum. Cuspidaria argentea: G. hábito, H. inflorescência, I. detalhe da face externa da corola.

Figura 6. Aspectos da morfologia de Amphilophium, Anemopaegma, Bignonia, Cuspidaria, Dolichandra, Fridericia, Mansoa e Tanaecium. A. fruto de Amphilophium crucigerum. B. fruto de Amphilophium scabriusculum. C. cálice de Anemopaegma album. Anemopaegma laeve: D. profilos das gemas axilares, E. fruto.F. flor de Bignonia corymbosa. Bignonia ramentacea: G. profilos das gemas axilares, H. cálice. I. profilos das gemas axilares de Bignonia sciuripabulum. J. fruto de Cuspidaria argentea. K. fruto de Cuspidaria lateriflora. L. cálice de Dolichandra quadrivalvis. M. cálide de Dolichandra unguis-cati. N. flor de Fridericia chica. O. cálice de Fridericia dispar. P. fruto de Mansoa difficilis. Q. folhas de Tanaecium parviflorum.