Fridericia conjugata (Vell.) L.G. Lohmann, Ann.

Costa, Swami Leitão, Johanes, Isabella, Lohmann, Lúcia Garcez & Melo, José Iranildo Miranda de, 2022, Flora da Paraíba (Brasil): Bignonieae (Bignoniaceae), Iheringia, Série Botânica (e 2022019) 77, pp. 1-25 : 17

7.2 Fridericia conjugata (Vell.) L.G. Lohmann, Ann. Missouri Bot. Gard. 99(3): 435. 2014.

Liana, 1,0−2,0 m compr.; ramos cilíndricos, estriados, lenticelas abundantes, glabros; profilos das gemas axilares triangulares, não foliáceos. Folhas 2-3-folioladas, com folíolo terminal geralmente modificado em gavinha simples; pecíolo 1,9−5,7 cm compr., articulados; peciólulos 1,9−2,2 cm compr., articulados; folíolos concolores, coriáceos, elípticos, base arredondada a truncada, ápice atenuado a acuminado, 3,5−9,5 × 1,7−5,0 cm, margem inteira, glabros em ambas faces. Inflorescência em panícula, terminal, pubescente, tricomas simples. Cálice lilás, cartáceo, campanulado, 5-denteado, 0,8−1,0 × 0,7−0,9 cm, pubescente, tricomas simples; corola rósea a lilás, membranácea, infundibuliforme, 2,6−3,2 × 0,8−1,0 cm, glabra; androceu com estames insertos, anteras ca. 0,3 cm compr., glabras, filetes maiores 1,2−1,5 cm compr., filetes menores 0,6−0,9 cm compr., estaminódio ca. 0,3 cm compr.; gineceu com ovário ca. 0,4 cm compr., lepidoto, estilete ca. 2,6 cm compr.; disco nectarífero anelar. Cápsula coriácea, achatada, linear, base e ápice acuminados, 11,5 × 1,4 cm, lisa, lenticelas esparsas, sem alas laterais, glabra; sementes aladas, 2,9 × 0,9 cm.

Nome vulgar: Cipó-bugi.

Distribuição: Fridericia conjugata distribui-se pelas florestas úmidas da Guatemala, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia e Argentina ( Lohmann & Taylor 2014). No Brasil ocorre em todas as regiões e praticamente todos os estados, exceto Roraima, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Santa Catarina e Rio Grande do Sul ( Lohmann et al. 2020). Na Paraíba foi encontrada em Mata Atlântica, incluindo áreas de brejo de altitude ( Costa et al. 2019a).

Fenologia: Foi coletada com flores em outubro, dezembro a fevereiro, e com frutos em outubro, janeiro e fevereiro.

Comentários taxonômicos: Fridericia conjugata pode ser reconhecida pelos ramos, folhas e flores com odor de amêndoas e pecíolos e peciólulos articulados.

Material examinado: BRASIL. PARAÍBA:Areia, UFPB, 18.II.1993, fl., J.J.E.G. Lima s.n. (EAN), 22.X.1958, fl., J.C. Moraes s.n. (EAN); Cabedelo, 01.X.1999, fl., A.F. Pontes & M.C. Santos 187 (JPB), 05.I.2000, fr., A.F. Pontes & G. Costa 361 (JPB), 12.XII.1999, fl., A.F. Pontes 357 (JPB); Mataraca, 29.I.2008, fl. fr., P.C. Gadelha-Neto et al. 2049 (JPB), 26.II.2009, fr., P.C. Gadelha-Neto et al. 2540 (JPB); Serra da Raiz, Sítio Boa Ventura, 13.X.2014, fr., J.M.P. Cordeiro 453 (EAN); Sertãozinho, Sítio Canafístula, 23.II.2014, fl., J.M.P. Cordeiro 249 (EAN).