Tanaecium parviflorum (Mart. ex DC.) Kaehler & L.G. Lohmann

Costa, Swami Leitão, Johanes, Isabella, Lohmann, Lúcia Garcez & Melo, José Iranildo Miranda de, 2022, Flora da Paraíba (Brasil): Bignonieae (Bignoniaceae), Iheringia, Série Botânica (e 2022019) 77, pp. 1-25 : 23-24

11.2 Tanaecium parviflorum (Mart. ex DC.) Kaehler & L.G. Lohmann , Taxon, 68(4): 765, 2019.

( Figs. 5 C ; 6 Q )

Liana, 1,0−3,0 m compr.; ramos cilíndricos, estriados, lenticelas presentes, pubescente, tricomas simples; profilos das gemas axilares triangulares, não foliáceos. Folhas 2-3-folioladas, com folíolo terminal geralmente modificado em gavinha simples, discos adesivos ausentes; folíolos discolores, cartáceos, elípticos, base arredondada a cuneada, ápice arredondado a emarginado, 1,0−5,1 × 0,5−2,0 cm, margem crenada, face abaxial pubescente, tricomas simples, face adaxial glabra. Inflorescência em tirso, axilar, pubescente, tricomas simples. Cálice verde, cartáceo, campanulado, 5-denticulado, ca. 0,2 × 0,4 cm, velutino, tricomas simples; corola branca rosada, infundibuliforme, ca. 3,0 × 0,8 cm, externamente pubescente, tricomas simples; androceu com estames insertos, anteras ca. 0,2 cm compr., glabras; filetes maiores 1,3−1,7 cm compr., filetes menores 0,7−1,0 cm compr., estaminódio ca. 0,3 cm compr.; gineceu com ovário ca. 0,5 cm compr., liso, glabro, estilete ca. 2,5 cm compr.; disco nectarífero anelar. Frutos e sementes não vistos.

Distribuição: Tanaecium parviflorum é endêmica do Brasil ( Lohmann & Taylor 2014), onde ocorre em Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, de Sergipe ao Rio Grande do Norte e em Minas Gerais ( Lohmann et al. 2020). Na Paraíba foi encontrada em áreas de Caatinga com solo areno-argiloso.

Fenologia: Foi coletada com flores em janeiro e julho.

Comentários taxonômicos: Tanaecium parviflorum pode ser reconhecido pelos folíolos discolores com margens crenadas e corolas brancas.

Material examinado: BRASIL. PARAÍBA: São José dos Cordeiros, 24.I.2003, fl., Z.G. Quirino & J.R. Lima 08 (JPB); Passagem, 31.I.2016, fl., M. Fernando 380 (CSTR); Pocinhos, Mubuco, 08.VII.1994, fl., A.M. Miranda & L.P Félix 1854 (HST).

Figures

Figura 5. Aspectos da morfologia de Fridericia, Tanaecium, Lundia, Mansoa e Pyrostegia. Fridericia dispar: A. flores, B. inflorescência. C. flores de Tanaecium parviflorum. Fridericia pubescens: D. inflorescência, E. folíolos evidenciando a gavinha. Lundia longa: F. hábito, G. flor. H. flores de Mansoa difficilis. Pyrostegia venusta: I. inflorescência, J. flores. K. flores de Tanaecium selloi.

Figura 6. Aspectos da morfologia de Amphilophium, Anemopaegma, Bignonia, Cuspidaria, Dolichandra, Fridericia, Mansoa e Tanaecium. A. fruto de Amphilophium crucigerum. B. fruto de Amphilophium scabriusculum. C. cálice de Anemopaegma album. Anemopaegma laeve: D. profilos das gemas axilares, E. fruto.F. flor de Bignonia corymbosa. Bignonia ramentacea: G. profilos das gemas axilares, H. cálice. I. profilos das gemas axilares de Bignonia sciuripabulum. J. fruto de Cuspidaria argentea. K. fruto de Cuspidaria lateriflora. L. cálice de Dolichandra quadrivalvis. M. cálide de Dolichandra unguis-cati. N. flor de Fridericia chica. O. cálice de Fridericia dispar. P. fruto de Mansoa difficilis. Q. folhas de Tanaecium parviflorum.