Tanaecium selloi (Spreng.) L.G. Lohmann, Nuevo Cat. Fl. Vasc. Venez.

Costa, Swami Leitão, Johanes, Isabella, Lohmann, Lúcia Garcez & Melo, José Iranildo Miranda de, 2022, Flora da Paraíba (Brasil): Bignonieae (Bignoniaceae), Iheringia, Série Botânica (e 2022019) 77, pp. 1-25 : 24

11.4 Tanaecium selloi (Spreng.) L.G. Lohmann, Nuevo Cat. Fl. Vasc. Venez. 274. 2008.

( Fig. 5 K )

Liana, 2,0−3,0 m compr.; ramos cilíndricos, estriados, lenticelas presentes, pubescentes, tricomas simples; profilos das gemas axilares triangulares, não foliáceos. Folhas 2-3-folioladas, com folíolos terminais modificados em gavinha simples, discos adesivos ausentes; pecíolo 1,2−3,5 cm compr.; peciólulos 0,7−1,5 cm compr.; folíolos concolores, cartáceos, ovados, base arredondada a cordada, ápice acuminado, 2,5−7,3 × 1,4−5,1 cm, margem inteira, densamente pubescente em ambas as faces, tricomas simples. Inflorescência em tirso, terminal, pubescente, tricomas simples. Cálice rosa, cartáceo, campanulado, truncado ou 2-lobado, 0,4−0,8 × 0,1−0,3 cm, pubescente, tricomas simples; corola rósea com fauce branca, membranácea, infundibuliforme, 1,2−2,3 × 0,3−0,5 cm, externamente pubescente, tricomas simples; androceu com estames insertos, anteras ca. 0,2 cm compr., glabras, filetes maiores 0,8−1,0 cm compr., filetes menores 0,4−0,7 cm compr., estaminódio ca. 0,3 cm compr.; gineceu com ovário ca. 0,1 cm compr., estilete 1,0 cm compr., glabro; disco nectarífero anelar. Frutos e sementes não vistos.

Distribuição: Tanaecium selloi distribui-se ao longo da América do Sul, em florestas secas e úmidas ( Lohmann & Taylor 2014). No Brasil ocorre em toda a costa do território brasileiro do Piauí ao Rio Grande do Sul ( Lohmann et al. 2020). Na Paraíba foi encontrada nas adjacências de afloramento rochoso, em área de Mata Atlântica.

Fenologia: Foi coletada com flores de dezembro a maio.

Comentários taxonômicos: Tanaecium selloi pode ser reconhecido pelos ramos e folhas pubérulos e corolas rosa com fauce branca.

Material examinado: BRASIL. PARAÍBA: Areia, 12.II.1955, fl., J.C. de Moraes 1523 (RB), 05.VIII.1949, fl., J.M Vasconcellos 408 (RB). Puxinanã, 31.V.2013, fl., M.J.P. Costa s.n. (HACAM); Passagem, 22.II.2015, fl., M. Fernando 215 (CSTR).

Figures

Figura 5. Aspectos da morfologia de Fridericia, Tanaecium, Lundia, Mansoa e Pyrostegia. Fridericia dispar: A. flores, B. inflorescência. C. flores de Tanaecium parviflorum. Fridericia pubescens: D. inflorescência, E. folíolos evidenciando a gavinha. Lundia longa: F. hábito, G. flor. H. flores de Mansoa difficilis. Pyrostegia venusta: I. inflorescência, J. flores. K. flores de Tanaecium selloi.