Eugenia punicifolia (Kunth) DC., Prodr.

Amorim, Gabriela dos Santos & Almeida, Eduardo Bezerra de, 2021, A família Myrtaceae nas restingas da Ilha do Maranhão, Brasil, Iheringia, Série Botânica (e 2021008) 76, pp. 1-15 : 8-10

publication ID

https://doi.org/ 10.21826/2446-82312021v76e2021008

persistent identifier

https://treatment.plazi.org/id/03E6BA2F-981C-FFCF-1ACB-F2A16562FED2

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Felipe

scientific name

Eugenia punicifolia (Kunth) DC., Prodr.
status

 

Eugenia punicifolia (Kunth) DC., Prodr. View in CoL 3: 267. 1828.

( Figs. 3 View Figura 3 D-G)

Arbusto 0,5–1,5 m alt. Ramo não descamante, pubescente, indumento esbranquiçado a castanho. Folha 1,1–13,3 x 1,2– 5,4 cm, ovada, obovada a largo elíptica, cartácea, concolor, glabra, base cuneada, ápice agudo a acuminado, margem plana; nervura central plana a proeminente adaxialmente, nervuras secundárias visíveis, 6–12 pares, nervura marginal simples; pontuações translúcidas visíveis; pecíolo ca. 3 mm compr., glabro a pubescente, levemente canaliculado. Flores reunidas em fascículo, às vezes reduzidas a duas flores por axilas, axilar, 2–8 flores, raque inconspícua. Bráctea 0,6 x 3,9 mm, lanceolada, ápice agudo, persistente. Pedicelo 10–26 mm compr., glabro. Bractéola 0,3 x 2 mm, orbicular a lanceolada, ápice agudo a arredondado, persistente. Botão floral fechado, 3,4 x 6,1 mm, globoso. Cálice 4–mero, lobos irregulares 1,5–2,9 x 1,5–2,1 mm nos lobos menores e 2,5–3 x 2,1–2,5 mm nos lobos maiores, orbicular a oblongo, glabro; ovário 2–locular. Fruto 0,6–1,1 x 0,5–1,3 cm, elipsoide, glabro, lobos do cálice persistentes e não reflexos.

Material selecionado: BRASIL, MARANHÃO, São José de Ribamar, praia de Panaquatira , 02.VIII.2014, G. P . Lima 386 ( MAR); 29.III.2014, G. P . Lima 148 ( MAR). Sitio Aguahy, 07. V.2016, G. S . Amorim 268 ( MAR); 07. V.2016, G. S . Amorim 300 ( MAR). São Luís, praia de Guia , 26.VIII.2015, G. S . Amorim 322 ( MAR); praia de São Marcos , 14. VI.2018, G. S . Amorim 503 ( MAR); praia de Caolho , 13. VI.2018, G. S . Amorim 494 ( MAR). Paço do Lumiar, praia do Araçagi , 11.IX.2015, G. S . Amorim 250 ( MAR); 07.XI.2015, G. S . Amorim 238 ( MAR) .

Eugenia punicifolia possui ocorrência de Cuba até o sul da América do Sul ( Govaerts et al. 2008) e é amplamente distribuída no Brasil, em área de Floresta Amazônica, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (BFG 2015) . No litoral da Ilha do Maranhão, foi encontrada nas dunas das praias do Araçagi, Guia e São Marcos e nas restingas das praias de Panaquatira e do Sitio Aguahy, com floração registrada em julho e setembro e frutificação em janeiro, julho, agosto, setembro e novembro.

Essa espécie apresenta ampla variação foliar e pode ser reconhecida por apresentar flores reunidas em fascículo, às vezes reduzidas a duas flores por axilas, com pedicelos compridos, nervura marginal simples, afastada e quase paralela a margem. Os frutos são elipsoides e de coloração avermelhada ou alaranjada quando maduros, o que pode variar de acordo com o tempo de maturação.

Eugenia stictopetala DC., Prodr. 3: 270. 1828. ( Fig. 3 View Figura 3 H-J)

Arbusto 0,5–4 m alt. Ramo descamante, glabro. Folha 2,8–18,1 x 1,7–9 cm, elíptica, largo-elíptica, oblonga, oval a rotunda, cartácea, concolor, glabra, base cuneada a rotunda, ápice agudo a arredondado, margem plana; nervura central levemente impressa na porção proximal a plana na porção distal adaxialmente, nervuras secundárias visíveis, 5–15 pares, nervura intramarginal presente; pontuações translúcidas, marcadas no pedicelo, bractéola, lobos do cálice e pétala; pecíolo 3–10 mm compr., glabro, canaliculado. Flores reunidas em fascículo, axilar e caulinar, 2–12 flores, raque inconspícua. Bráctea 0,6 x 2,4 mm, orbicular, ápice agudo a arredondado, persistente. Pedicelo 2,8–19 mm compr., pubescente a glabro. Bractéola 0,7 x 5 mm, elíptica a oblonga, ápice agudo a arredondado, persistente. Botão floral aberto, 3,3 x 7 mm, globoso. Cálice 4–mero, lobos regulares 0,8–2,5 x 1,5–2,3 mm, orbicular, glabrescente a pubescente; ovário 2–locular. Fruto 0,9–1,7 x 0,6–1,3 cm, globoso, glabro, lobos do cálice persistentes e não reflexos.

Material selecionado: BRASIL, MARANHÃO, São José de Ribamar, restinga do Sítio Aguahy , 07. V.2016, G. S . Amorim 279 ( MAR). Restinga da praia de Panaquatira , 29.III.2014, P. G . Lima 147 ( MAR). São Luís, dunas da praia Guia , 26.VII.2015, A. V. F . Guterres 61 ( MAR); 26.X.2016, B. H. I . Paiva 43 ( MAR); 26.X.2016, B. H. I . Paiva 70 ( MAR); 26.X.2016, G. S . Amorim 338 ( MAR) .

Dunas da praia de São Marcos, A. N. F . Silva 749 ( MAR); 12. I.2013, A. N. F . Silva 750 ( MAR); 10.XI.2017, G. S . Amorim 387 ( MAR); 10.XI.2017, G. S . Amorim 388 ( MAR); 22.II.2017, G. S . Amorim 341 ( MAR); 14. VI.2018, G. S . Amorim 506 ( MAR) .

Eugenia stictopetala tem ocorrência no Brasil, Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Colômbia, Bolívia e Paraguai ( GBIF 2017). No Brasil possui ampla distribuição em todo território, em área de Floresta Amazônica, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (BFG 2015) . No litoral da Ilha do Maranhão foi encontrada nas dunas da praia da Guia e São Marcos e restinga da praia de Panaquatira e do Sítio Aguahy. A floração foi registrada nos meses de janeiro, agosto e dezembro e a frutificação nos meses de agosto e outubro.

Essa espécie pode ser reconhecida pela lâmina foliar cartácea com nervuras secundárias visíveis e pontuações translúcidas marcadas nos pedicelos, bractéolas, lobos do cálice e pétalas. O fruto tem coloração variando de laranja a vermelho, dependendo do tempo de maturação.

Myrcia cuprea (O. Berg) Kiaersk., Enum. Myrt. Bras. View in CoL : 95 (1893).

( Fig. 3 View Figura 3 K-N)

Arbusto 1,3–2,5 m alt. Ramo não descamante, pubescente, indumento ferrugíneo. Folha 2,7–5,9 x 1,9–4,8 cm, elíptica, largo-elíptica a orbicular, cartácea a coriácea, concolor, pubescente, base arredondada a cuneada, ápice agudo, arredondado, obtuso a cuspidado, margem plana; nervura central plana adaxialmente, nervuras secundárias visíveis, 8–12 pares, nervura marginal simples; pontuações translúcidas visíveis; pecíolo 4–6 mm compr., pubescente, levemente canaliculado. Flores reunidas em panículas, axilar e terminal, 10–48 flores, raque 15–90 mm compr. Bráctea 4 x 6 mm, lanceolada, ápice agudo, decídua. Pedicelo 0,5–1 mm compr. ou ausente, pubescente. Bractéola 0,5 x 2 mm, lanceolada, ápice agudo, decídua. Botão floral aberto, 2–3 x 1,8–2 mm, campanulado. Cálice 5-mero, lobos regulares 0,5 x 1 mm, orbicular, pubescente; ovário 2–locular. Fruto 0,6–0,8 x 0,4–0,6 cm, globoso, pubescente, lobos do cálice persistentes e não reflexos.

Material selecionado: BRASIL, MARANHÃO, São José de Ribamar, praia de Panaquatira , 19.VIII.2014, P. G . Lima 489 ( MAR). São Luís, praia de São Marcos , 20.XII.2011, A. N. F . Silva 418 ( MAR); 24. I.2018, G. S . Amorim 404 ( MAR). Praia da Guia , 01.VIII.2017, G. S . Amorim 344 ( MAR). Praia de Caolho , 13.IV.2013, G. S . Amorim 496 ( MAR). Raposa, Ilha de Curupu , 17.XI.2017, M. A . Machado 101 ( MAR) .

Myrcia cuprea tem registro de ocorrência para o Brasil, Guiana Francesa, Suriname, Equador e Bolívia ( GBIF 2017). No Brasil ocorre na região Norte (Amapá, Amazônia, Pará) e Nordeste (apenas o Maranhão), em área de Floresta Amazônica e Cerrado ( BFG 2015). No litoral da Ilha do Maranhão foi encontrada nas dunas da praia da Guia e São Marcos e restinga da praia de Panaquatira e Ilha de Curupu, com floração registrada entre meses de agosto e dezembro e a frutificação em novembro e fevereiro.

Essa espécie pode ser reconhecida por apresentar indumento ferrugíneo na lâmina foliar, principalmente em folhas jovens, inflorescência e botão floral. Tem fruto globoso, pubescente de coloração vermelha quando maduro.

G

Conservatoire et Jardin botaniques de la Ville de Genève

P

Museum National d' Histoire Naturelle, Paris (MNHN) - Vascular Plants

MAR

Grasslands Rhizobium Collection

V

Royal British Columbia Museum - Herbarium

S

Department of Botany, Swedish Museum of Natural History

VI

Mykotektet, National Veterinary Institute

A

Harvard University - Arnold Arboretum

F

Field Museum of Natural History, Botany Department

B

Botanischer Garten und Botanisches Museum Berlin-Dahlem, Zentraleinrichtung der Freien Universitaet

H

University of Helsinki

I

"Alexandru Ioan Cuza" University

N

Nanjing University

O

Botanical Museum - University of Oslo

M

Botanische Staatssammlung München

Kingdom

Plantae

Phylum

Tracheophyta

Class

Magnoliopsida

Order

Myrtales

Family

Myrtaceae

Genus

Eugenia

Loc

Eugenia punicifolia (Kunth) DC., Prodr.

Amorim, Gabriela dos Santos & Almeida, Eduardo Bezerra de 2021
2021
Loc

Myrcia cuprea (O. Berg) Kiaersk., Enum. Myrt. Bras.

Kiaersk. 1893: 95
1893
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