Tricharaea (Sarcophagula) Wulp, 1887

Mello-Patiu, Cátia A., Silva, Karlla Patrícia & Vairo, Karine Pinto e, 2017, Checklist dos Sarcophagidae (Insecta, Diptera) do Estado do Mato Grosso do Sul, Brasil, Iheringia, Série Zoologia (e 2017142) 107, pp. 1-6 : 4-5

publication ID

https://doi.org/ 10.1590/1678-4766e2017142

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https://treatment.plazi.org/id/03B087EC-BB03-B272-CCCD-A1EE0589FE1D

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Felipe

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Tricharaea (Sarcophagula) Wulp, 1887
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Tricharaea (Sarcophagula) Wulp, 1887 View in CoL

canuta (Wulp), 1896 (Sarcophagula). Localidade-tipo:

MéXico, Vera Cruz, Orizaba. Distribuição: MéXico, Brasil

(MS [Miranda]), Colômbia, Costa Rica, Cuba, República

Dominicana, Equador, El Salvador, Ilhas Galápagos,

Guatemala, Jamaica, Honduras, Paraguai, Peru, Ilhas

Marshall. Referência: LOPES (1956a). indonata (Lopes, 1956) . Localidade-tipo: Suriname.

Distribuição: Brasil (MS [Miranda]), Paraguai, Suriname.

Referência: LOPES (1956a). occidua (Fabricius, 1794) . Localidade tipo: Índias Ocidentais

[“Americae meridionalis”]. Distribuição: Argentina,

Bolívia, Brasil (AM, CE, GO, MA, MS [Miranda,

Bodoquena], PA, RJ, SP), Chile, Colômbia, Cuba,

República Dominicana, Equador, El Salvador, Ilhas

Galápagos, Guiana, Haiti, Havaí, MéXico, Paraguai, Peru,

Porto Rico, Venezuela, Polinésia Francesa. Referência:

LOPES, (1956a).

Principais acervos e grupos de pesquisa. No Brasil, duas coleções se destacam pelo número de espécimes e pela diversidade de Sarcophagidae identificados: a Coleção Entomológica do Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro (MNRJ) e a Coleção de Diptera do Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo (MZUSP). Entretanto, outras coleções nacionais também devem ser citadas, como: Coleção Entomológica Pe. Jesus S. Moure do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná (DZUP), Coleção do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e a Coleção Entomológica do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).

Atualmente, no Brasil, temos o Laboratório de Diptera Sarcophagidae do Museu Nacional/UFRJ, no Rio de Janeiro, coordenado pela Profa Cátia Mello-Patiu, que vem trabalhando com Sistemática de Sarcophagidae neotropicais e foco principal na formação de novos pesquisadores.

Nos demais países da América do Sul e também com foco na fauna neotropical, podemos citar o Departamento Vectores, ANLIS “ Dr. Carlos G. Malbrán ” em Buenos Aires, Argentina, com os pesquisadores Juan Carlos Mariluis e Pablo Mulieri , e o Laboratório de Entomologia da Universidade de Antioquia, Medellin , Colômbia, com a Profa. Marta Wolff. Ambos os grupos de pesquisa também tem atuado na formação de novos pesquisadores no estudo dos sarcofagídeos .

Principais lacunas do conhecimento. Com base nas evidências acima descritas, devemos mais uma vez enfatizar a eXtrema escassez de conhecimento da fauna de Sarcophagidae no Estado do Mato Grosso do Sul, impedimento para estudos de relação da fauna com os seus diferentes biomas e ecossistemas, de endemismo, etc., necessários a compreensão da família.

Aliado ao desconhecimento desta fauna, não só no MS, mas também em outras áreas do Brasil, as principais lacunas no estudo dos sarcofagídeos neotropicais se pauta no conhecimento fragmentário de sua sistemática, na necessidade de revisões taXonômicas de grupos pouco conhecidos, na falta de dados de biologia de muitos grupos, na falta de chaves e outras ferramentas de identificação da fauna neotrópica, todos, certamente, consequências da carência de especialistas atuando no grupo.

Também deve ser ressaltado que, para a maioria das espécies, ainda há a necessidade de estudos com imaturos e fêmeas, e a associação destes com os machos já conhecidos e de informações sobre sua história natural, pois, na maioria dos casos, as coletas focam os adultos machos e negligenciam imaturos e fêmeas. Tais carências geram também um entrave nas pesquisas aplicadas e de etologia, já que são dependentes de um conhecimento morfológico e taXonômico prévio das espécies envolvidas.

Perspectivas para os próximos 10 anos. As perspectivas para os próXimos anos são bastante promissoras. Primeiro, porque teremos a atuação dos especialistas que hoje estão em formação e que muito poderão contribuir para a sistemática e para uma classificação mais estável da família. Segundo, pelo projeto Sisbiota Diptera (CNPq/ FAPESP), abrangendo áreas do MS, MT e RO, que se encontra em desenvolvimento desde 2011 e apresentará resultados importantes relacionados ao aumento do número de registros no estado, revisões de grupos, descrições de novos táXons, chaves de identificação, catálogos e checklists.

O avanço do conhecimento dos Sarcophagidae no Mato Grosso do Sul, não só será uma grande contribuição ao conhecimento da biodiversidade brasileira, como um importante ponto de partida para estimular novos estudantes do estado para o estudo desta interessante família de dípteros.

Agradecimentos. A Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciências e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect) e a Superintendência de Ciências e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Sucitec/ MS) pelo convite de participação neste fascículo especial da Iheringia, Série Zoologia e o suporte financeiro para sua publicação .

MS

Herbarium Messanaensis, Università di Messina

Kingdom

Animalia

Phylum

Arthropoda

Class

Insecta

Order

Diptera

Family

Sarcophagidae

Genus

Tricharaea

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